Igor Gadelha - Após Luciano Bivar ser confirmado como pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, aliados de Sergio Moro no partido passaram a defender que a legenda lance uma “chapa puro-sangue” com o ex-juiz de vice.
A opção é defendida com base na aposta de que outros nomes que se apresentam como opção para a candidatura única da terceira via não consiguirão se viabilizar dentro de suas próprias siglas para comporem uma chapa presidencial.
A avaliação entre os aliados de Moro no União Brasil é de nem MDB, nem PSDB levarão suas pré-candidaturas ao Palácio do Planalto até o fim. Nesse cenário, dizem, o ex-juiz seria a “escolha óbvia” para compor a chapa puro-sangue da legenda.
No MDB, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta resistência de um grupo do partido liderado pelo também senador Renan Calheiros (MDB-AL). A vontade dessa ala da sigla é ver o MDB fechado com o ex-presidente Lula (PT) já no primeiro turno.
No ninho tucano, também não há consenso. O ex-governador paulista João Doria venceu as prévias, mas Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, é considerado mais “viável” pela ala liderada pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
Parte dos conselheiros de Moro no União acredita que o PSDB deverá priorizar suas chapas ao Legislativo, com receio de encolher ainda mais no Congresso Nacional, ao invés de apostar em um candidato com poucas chances ao Planalto.