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Opinião - Nobreza em xeque no Recife e Pernambuco - Por Ismael Alves

Opinião - Nobreza em xeque no Recife e Pernambuco - Por Ismael Alves



Ismael Alves - O prefeito João Campos (PSB) tem enfrentado sérios problemas no Recife, a começar pelo inegável caos na rede pública de saúde, além  da compreensível revolta do funcionalismo público, seja dos servidores que estão na ativa ou mesmo os aposentados.

A cortina de ilusão criada pelas estratégicas e milionárias manobras do marketing já não é suficiente para ocultar a  realidade que contrasta com o Recife maquiado que é mostrado nas redes sociais do prefeito. 

A situação chega até a lembrar o início da Revolução Francesa, quando o 3° Estado, classe social da época, que era composta por comerciantes, pessoas do campo, artesão e outros segmentos, sustentavam, através do pagamento de impostos abusivos, os 1° e 2° Estados, que eram compostos pelo Clero e a Nobreza.

Em dado momento o reinado tentou, por volta de 1787, aumentar ainda mais os tributos pagos pelo povo, o que não foi aceito e desencadeou na revolta que foi o estopim da queda do Rei Luiz XVI, bem como, a derrocada de todo um sistema que vivia da exploração da população. Era a luta em busca de "igualdade, liberdade e fraternidade". 

De volta para o Recife dos dias atuais, a insatisfação diante dos impostos abusivos é uma dura realidade, fator que também é sentido em todo o Estado de Pernambuco, governado há quase 16 anos pelo PSB. 

Já fadigada, a população dá sinais claros de que não aguenta nem aceita mais bancar a nobreza com o pagamento dos tributos que nunca retornam em serviços na proporção que deveria. A revolta já é notória, mas será que uma revolução pode surgir neste ano eleitoral de 2022?