Ismael Alves
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A contagem regressiva para o domingo, 29, já foi iniciada. Os recifenses estarão frente a frente com as urnas para definir o segundo turno das Eleições 2020.
De um lado, Marília Arraes (PT) tenta colocar um fim ao governo do PSB e consolidar sua liderança; do outro, João Campos como nome indicado pelo PSB para dar continuidade, se eleito, à gestão do prefeito Geraldo Júlio.
Mas apesar de toda estrutura do PSB, que além de governar a capital detém o comando do Estado há 14 anos, os socialistas não conseguem esconder que estão sentindo um calafrio ao imaginar o que pode surgir no apurar das urnas.
Os números não estão favoráveis para o menino João, que teve 233.028 votos no primeiro turno, ou seja, 29,17% dos votos válidos contra 223.248 de Marília, o que corresponde a 27,95%. Entretanto, a petista cresceu expressivamente no segundo e ultrapassou o socialista, muito embora, por diferença pouca, mas o suficiente para estar na frente.
Na reta final, Marília pontua 51% enquanto João tem 49% das intenções de votos. É o que pôde ser visto nos dados apresentados pela pesquisa Real Time Big Data, divulgada na noite de sexta-feira, 27. O mesmo número também compreende empate técnico, haja vista, o percentual de erro é de três pontos para mais ou para menos.
Mas voltando ao primeiro turno, o que separou João de Marília, matematicamente, foram apenas 9.780 votos. Considerando o quantitativo sobre o total de todos os votos atribuídos a candidatos, ou seja, 798.791, isto é, desconsiderando os nulos e brancos, teremos um percentual de 0,98% de vantagem de João. Apesar de pouca diferença, seria o suficiente para dar vitória ao socialista, mas o crescimento de Marília e a movimentação de João em busca de mais apoio, mudou o quadro.
Considerando os números mostrados pela pesquisa Real Time Big Data, e aplicando-os dentro do mesmo quantitativo de votos válidos do primeiro turno, o resultado de domingo poderia ser deduzido da seguinte maneira: Marília com 407.383 votos contra 391.408 de João Campos. Neste cenário, Marília teria vitória com uma frente de 15.975 votos, ou seja, 6.195 votos a mais que a frente colocada por João no primeiro turno. Mais uma vez, uma diferença pequena, contudo, decisiva.
Vale salientar que a situação apresentada é hipotética, mas os números em percentuais são reais, levando em consideração os dados da pesquisa Real Time Big Data, registrada no TSE com o número PE-07313-2020.
Em outro cenário, considerando que tudo é possível, inclusive, um empate numérico, Marília também sairia vencedora. O critério de idades seria fundamental para o desempate. Marília, por ser mais velha, faturaria a vitória.
PSB e PT polarizam mais uma vez
Em 2016, Geraldo Júlio concorreu à reeleição. Seu principal oponente foi o ex-prefeito João Paulo, à época, disputando pelo PT. Naquele momento, Geraldo estava numa situação bem mais confortável e obteve 430.997 votos no primeiro turno, contra 207.529 de João Paulo. A disputa só terminou no segundo turno, quando Geraldo se reelegeu com 528.335 sobre 333.516 de João.