Ismael Alves – A ex-servidora pública estadual Aenia Danieli, ou simplesmente “Cabo Aenia”, como ficou conhecida devido ao longo período que serviu à Polícia Militar no Estado, disputará uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nas eleições deste ano. Ela ainda não revelou por qual será o partido, mas garantiu que a sigla compõe a frente de oposição ao Governo de Pernambuco.
Aenia Danieli tornou-se uma figura icônica na tropa pernambucana, destacando-se pela firmeza nas cobranças por melhores condições de trabalho e reajustes salariais para policiais e bombeiros militares. Como fruto da sua luta, Aenia passou a sofrer processos administrativos e judiciais, vindo a ser excluída da PM em 2017. O ápice da sua exclusão foi o fato de estar presente em um trio elétrico durante um ato que reivindicava investimentos na segurança pública de Pernambuco.
Mesmo fora da corporação, Aenia Danieli não baixou a guarda e continuou lutando defendendo o fortalecimento da polícia militar, corpo de bombeiros e a necessidade de políticas públicas para o combate eficaz à criminalidade.
Pernambuco violento
Durante conversa com o editor deste blog, Aenia Danieli se mostrou preocupada com a violência crescente em Pernambuco e, com conhecimento de causa, apontou a razão: o “descaso [do Governo do Estado] com as questões da categoria [polícia militar] é o principal motivo de tanta violência no Estado”, declarou.
Ela também chamou a atenção para os elevados índices de assassinatos em Pernambuco, que chega a quase 11 por dia. Ela ainda apontou problemas como a falta de efetivo policial e a desmotivação desses profissionais. Indo mais além, Aenia assegurou que “99% dos policiais, bombeiros militares e seus familiares não votarão no PSB em Pernambuco”, afirmou ao revelar insatisfação das categorias com o Estado.
O plano de Aenia
Com uma liderança reconhecida e consolidada entre PM’s e BM’s, Cabo Aenia busca o fortalecimento da segurança pública, além de assegurar representatividade aos profissionais do segmento. Sua atuação também tem o objetivo de preencher o vácuo deixado pelo assassinato de Alberisson Carlos, além de proporcionar voz altiva em defesa dos profissionais da segurança pública na Alepe.