Opinião - A morte como trampolim eleitoral em Pernambuco- Por Ismael Alves


Ismael Alves Nos últimos dias Pernambuco tem chorado a perda trágica de uma centena de pessoas que morreram em decorrência das fortes chuvas. Além desse fato tão triste e devastador, temos que ter estômago para suportar uma penca de oportunistas que buscam tirar proveito desse cenário de caos. 

Chega a ser revoltante o quanto certos 'políticos' elegem como prioridade a bandeira partidária, a posição ideológica e o interesse eleitoral e pessoal. A tentativa de usar a morte de pessoas como trampolim político é vista de maneira explícita nas ações de muita gente que se intitula de direta ou esquerda. 

A Constituição Federal é clara quando assegura que o Estado deve proteger os cidadãos. O que estamos vivenciando é fruto de uma omissão que não começou agora, mas que até agora nenhum governante, seja das  esferas municipal, estadual ou federal, se importou em resolver. 

Aliás, as mortes ocorreram em localidades pobres, sobretudo, no Recife e Região Metropolitana, embora os prejuízos das chuvas tenham afetado outras regiões. O que foi feito ao longo de tanto tempo para tirar essas pessoas dessas áreas de risco e proporcionar uma vida digna, como  determina a Constituição? 

A população pernambucana precisa de uma resposta que vá além da troca recíproca de acusações entre politicos bolsonaristas e lulistas: precisamos de atitude para evitar que tragédias semelhantes se repitam. As mortes de irmãs e irmãs pernambucanos nos deixaram em luto, enquanto as brigas tolas e inúteis de políticos  bajuladores que só enxergam Lula e Bolsonaro nos deixam enojados.