Recife: Waldomiro Amorim defende uso de armas pelos guardas e condena invasão a igrejas



O vereador Waldomiro Amorim (SDD) abordou dois temas em discurso realizado na reunião plenária híbrida que a Câmara Municipal do Recife realizou na manhã desta terça-feira (1º). O primeiro foi a defesa do uso de arma de fogo para a guarda civil municipal do Recife e, o segundo, um repúdio às invasões de igrejas durante cultos e celebrações. Para ele, as invasões fazem parte de uma guerra religiosa “do mal contra o bem”.

Na primeira parte do discurso, Waldomiro Amorim citou o artigo 301, do Código do Processo Penal, para justificar a sua defesa de uso de arma de fogo pela guarda municipal. E deu como exemplo dessa necessidade um caso extremo. De acordo com o parlamentar esse artigo prevê que “qualquer pessoa, seja autoridade policial ou não, pode prender alguém em flagrante delito”.

Para configurar a necessidade de uma guarda municipal fazer esse tipo de prisão, ele sugeriu que fosse imaginada uma cena. “Vamos supor que esteja havendo um estupro no Parque da Jaqueira. Se um guarda for chamado, e ele não estiver armado, não poderá ir evitar. Mas se alguém quebrar um balde de lixo, ele pode prender. A vida é banalizada por aqueles que não querem a guarda armada”.

Waldomiro Amorim concluiu que, diante dessa situação, era “hipocrisia” falar em segurança pública e não defender a guarda civil municipal armada. “Enquanto mais agente de segurança armado, melhor para a segurança”. Ele acrescentou que o prefeito João Campos e o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcanti, “estão solícitos a isso”.

Na segunda parte do discurso, ele protestou contra a invasão de igrejas. “No mês passado, ocorreu uma invasão a uma igreja católica em Curitiba, Paraná. Agora, ocorreu o mesmo numa cidade chamada Tauá, no Ceará. Um filiado do PT invadiu uma igreja evangélica. Não podemos deixar isso crescer. O que está acontecendo é uma guerra espiritual, do bem contra o mal. Vamos orar e pedir a Deus para que essas coisas não possam mais ocorrer”, disse.

O vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) pediu aparte e ratificou a importância, na sua opinião, de a guarda municipal trabalhar com arma de fogo. “Devemos entender que o pessoal da guarda é agente de segurança. Este Poder Legislativo nunca esteve tão pronto para fazer este debate maduro, sem ideologia. Como vossa excelência diz, há uma simpatia por parte do secretário Murilo Cavalcanti e do prefeito João Campos”.

Enquanto Marco Aurélio Filho defendeu o discurso de Waldomiro Amorim na questão do armamento da guarda, o vereador Dílson Batista (Avante) falou em seguida para apoiá-lo no protesto contra as invasões às igrejas. “A esquerda faz um bonito discurso contra o ódio e age em sentido contrário. Quem invadiu a igreja da cidadezinha do Ceará foi um filiado do PT”, acusou. Segundo ele, “a esquerda vem invadindo igrejas no mundo a fora. Precisamos mudar as leis. É um crime grave contra a religião”.