Opinião - Do que eles riem? - Por Ismael Alves



Ismael Alves - O anúncio da confirmação da pré-candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao governo de Pernambuco, escancarado nessa sexta-feira, 11,  já não foi novidade para ninguém que acompanha a cena política. Há alguns dias o nome do deputado federal já era dado como certo para tentar a continuidade de um governo socialista de quase 16 anos que impera no Estado. 

Aos observadores mais detalhistas, o que mais chamou a atenção não foi a já anunciada  escolha do insípido deputado, mas algumas fotos que circularam junto com a notícia do batimento do martelo no ninho socialista. 

Na luxuosa esfera do Campo do Palácio das Princesas, ambiente adornado de requintes bancados pelos exacerbados impostos arrancados sem dó nem piedade do povo pernambuco, o deputado aparece sorridente e bem à vontade, na companhia do prefeito do Recife, João Campos (PSB), do governador Paulo Câmara (PSB) e Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, todos igualmente tomados por um riso que confunde com deboche.

Mas enquanto eles riem diante do ambicioso plano de continuidade no poder,  servidores da saúde do Recife dividem o choro e tomam as ruas em busca da devida valorização, inclusive em tempos de pandemia. A população também lamenta diante de um sistema de saúde que faliu antes mesmo da chegada do coronavírus, além da decadência que se alastra em outros setores do serviço público. 

A situação não é limitada apena aos limites fronteiriços do território recifense, mas  prevalece em todo o Estado. Afinal, do que eles riem? De nós?