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Juntas protocolam notícia-crime no Ministério Público de Pernambuco sobre o Caso Beatriz

Juntas protocolam notícia-crime no Ministério Público de Pernambuco sobre o Caso Beatriz



As Juntas Codeputadas (PSOL) protocolaram nesta terça-feira (08/02) uma notícia-crime no Ministério Público de Pernambuco, para que se instaure, de imediato, inquérito criminal para investigar condutas irregulares de alguns dos envolvidos no inquérito policial do Caso Beatriz. 

"Após o cancelamento da audiência pública, que havia sido solicitada pela Deputada Dulcicleide Amorim e foi cancelada a pedido da parlamentar, decidimos nos manifestar sobre o tema. 

Em decisão tomada em conjunto com a presidência do PSOL-PE, entendemos que o melhor caminho para a apuração dos abusos praticados no inquérito de Beatriz não é a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

As Juntas e o PSOL entendem que a condução da CPI será totalmente dominada pelo Governo do Estado, que tem maioria na Alepe e nitidamente tem demonstrado não ter interesse em sua realização. Além disso, a Mandata não concorda em transformar a morte de uma criança em palanque político.

Considerando as inúmeras omissões e ilegalidades praticadas durante o inquérito policial, a exemplo da destruição de imagens do circuito interno de segurança, a demissão do perito do caso após ser comprovada a venda de serviços privados, a troca constante de delegados do caso, além do atraso na identificação do DNA do suspeito, as Juntas Codeputadas entendem que existem elementos que justificam a notícia-crime.

A representação protocolada perante a Procuradoria Geral de Justiça – PGJ solicita a investigação e o indiciamento de Humberto Freire de Barros, atual Secretário de Defesa Social; Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti, Ex-Secretário de Defesa Social; Angelo Fernandes Gioia, Ex-Secretário de Defesa Social; Diego Henrique Leonel de Oliveira Costa, Servidor Público demitido; Sara Machado e Marceone Ferreira Jacinto, Delegados da Polícia Civil de Pernambuco que atuaram no caso, pelos crimes de prevaricação, advocacia administrativa e art. 320 do Código Penal, sem prejuízo de outros delitos que venham a ser desvendados no curso da investigação.

Reafirmamos o nosso compromisso e solidariedade com a família de Beatriz Mota. Exigimos uma rápida apuração dos crimes praticados durante a condução do inquérito policial e a punição de todos os envolvidos", afirmam as codeputadas.