Controlada, imprensa russa é obrigada a chamar ataques de Putin de "operação de paz"


Ismael Alves - A violenta invasão da Rússia na Ucrânia - movida por interesses imperialistas de Putin - não pode ser tratada pela imprensa russa por nenhum outro termo que não seja "operação de paz", embora, trate-se de um conflito que viola direitos internacionais, desrespeita a soberania de um país, gera prejuízos para o mundo inteiro - devido a globalização da economia - e resulta na morte de inocentes de todas as idades. 

Desde sábado, 26, o órgão controlador da Comunicação na Rússia determinou que todos os veículos de imprensa do país suprimam o uso de palavras como "invasão", "ofensiva" e "declaração de guerra" dos seus noticiários quando se referir aos ataques russos. O uso do termo  "operação de paz" é ordem a ser cumprida, incondicionalmente. A determinação ocorre por uma  única razão: a imprensa russa é controlada por Putin.

A Rússia não é o único país que impõe censura aos meios de comunicação. Essa ideia, presente nas nações com governos totalitários, também tem sido defendida pelo ex-presidente Lula (PT), pré-candidato ao Planalto. Desde que deixou a sede da Polícia Federal (PF) no Paraná, onde cumpria pena no âmbito da Lava-jato, Lula defendeu, publicamente, a regulação da imprensa por ao menos nove vezes.  Segundo sua justificativa, o objetivo é eliminar excessos da imprensa, garantir o direito de resposta e fazer com que investimentos do Governo Federal cheguem aos pequenos veículos de comunicação. 

Apesar da opinião ornamentada de romantismo, não há sustentação plausível na ideia de Lula. A Constituição Federal já assegura o direito de resposta em todos os meios de comunicação. Existe Legislação que define diretrizes quanto ao assunto, bem como, a possibilidade de judicialização mediante o descumprimento desse direito que contempla todas as pessoas. 

No auge de sua carreira política, especialmente quando esteve no comando do país durante oito anos, Lula demonstrou grande  afinidade com líderes ditatoriais de todas as partes do mundo. Figuras como Mahmoud Ahmadinejad, Muammar Gaddafi, os irmãos Fidel e Raul Castro, Nicolás Maduro, Yasser Arafat, Mahmoud Abbas e até mesmo Putin - a quem Bolsonaro beijou as botas na semana passada - foram afagados ou recebidos por Lula em algum momento, ou vice-versa. 

Coincidência ou não, o controle da imprensa sempre esteve presente nos governos encabeçados pelos amigos de Lula - e inimigos da liberdade. Afinal, de onde vem a inspiração de Lula ao defender o controle da imprensa no Brasil?