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O "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" de Paulo Câmara - Por Ismael Alves

O "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" de Paulo Câmara - Por Ismael Alves



Ismael Alves - De novo, a máscara do governador Paulo Câmara (PSB), caiu. Aliás, quem a tirou foi a deputada estadual Priscila Krause, mais uma vez. Desta vez a parlamentar mostrou, em números, a dimensão do abismo que existe entre a teoria e a prática nos discursos de Paulo Câmara, inclusive quando o assunto é saúde. 

Não é novidade que saúde nunca foi prioridade para o seu governo. O povo pernambucano está  familiarizado, lamentavelmente, com hospitais abarrotados de pacientes jogados pelos corredores à espera de atendimento médico. Quando não é esse o problema, é a falta medicamento ou os tetos dos hospitais desabando por falta de manutenção. E, claro, esse tipo de coisa existe desde antes da chegada da pandemia. 

Mas por falar em saúde pública, o governo de Pernambuco já está se preparando para 2022, ano cheio de incertezas devido a pandemia que ainda não acabou, mas uma coisa é certa: teremos eleições, e isso é mais importante do que saúde para o povo. Pelo menos, é assim que parece pensar o governador. Entenda: na proposta do orçamento do governo do Estado para o próximo ano, há um corte de mais de R$ 17 milhões para a compra de medicamentos e insumos farmacêuticos, enquanto os  gastos com publicidade ganham um acréscimo de mais de R$ 19 milhões, afinal de contas, é ano eleitoral.

A estupidez apresentada também revela que, os discursos de Paulo Câmara em desfavor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante o ápice da pandemia, sobretudo, no tocante às vidas que poderiam ter sido poupadas se houvesse maior dedicação do governo federal no combate à pandemia - nisso tem razão - não passa do politicamente correto, afinal, ele diz uma coisa, mas faz outra.

A hipocrisia do mandatário socialista foi exposta graças ao alarde feito pela deputada Priscila Krause, que também apresentou cinco emendas modificativas ao PLOA 2022, entre elas, a que visa garantir a aquisição de medicamentos e insumos farmacêuticos em R$ 148 milhões, montante que corresponde ao mesmo valor deste ano.