Movimento 'Não Vou Pagar' entra com ação popular para barrar nova obra na Arena Pernambuco




Michelle Sousa -  Uma coroação da ineficiência do Estado e da impunidade, assim é a nova obra idealizada pelo Governo Estadual, através de Paulo Câmara. Diferente de outros escândalos de corrupção, o super faturamento da Arena Pernambuco possui um gosto particularmente amargo na boca do pernambucano. A obra feita para a Copa do Mundo de 2014, teve, segundo o TCE, superfaturamento de 81 milhões de reais. Fato esse, a qual a população não se esqueceu, e pior, sentiu na pele durante a atual pandemia de coronavírus.

Os recursos desviados da Arena pesaram no combate a doença, e a obra em si, ao custo total de 479 milhões de reais, reduziu a capacidade do Estado de enfrentar o vírus.

Não bastasse isso, ninguém foi responsabilizado pelo desvio, não houve uma multa ou processo criminal, todos absolvidos por prescrição.

Assim como no filme Magico de OZ, onde a protagonista era ensinada, que bastava tão somente seguir a estrada de tijolos amarelos, o Governador Paulo Câmara parece ter encontrado a sua estrada. Novamente, afrontando a população, Paulo quer nova obra milionária na Arena Pernambuco. Desta vez, a justificativa é a total climatização do estádio, justificativa essa que não vai de encontro com o interesse da população, que hoje possui taxa de desemprego de 21,6% segundo último levantamento do IBGE.

O escárnio é ainda maior, se levarmos em consideração os constantes prejuízos da Arena, que demanda recursos públicos na ordem de 7 milhões de reais por ano, apenas para se manter funcionado.

Em razão disso, o Movimento Não Pagar entrou com ação pública para impedir o processo de licitação da nova obra, e preservar assim, os interesses do povo pernambucano.