Ismael Alves
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As motociatas, manifestações pró-governo que marcam a gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), geraram super gastos para os cofres públicos. De acordo com O Globo, o Estado brasileiro gastou R$ 1,062 milhão com apenas três motociatas realizadas pelo presidente.
Essas motociatas aconteceram no Rio de Janeiro, em maio, em São Paulo e Chapecó, em junho. O valor milionário consta em um processo sigiloso que será julgado pelos ministros do Tribunal de Contas da União, na tarde desta quarta-feira.
Os ministros do TCU avaliarão se Bolsonaro cometeu irregularidades ao promover essas três motociatas com dinheiro público para bancar segurança e transporte dele e dos convidados.
Por ser um assunto delicado para Bolsonaro e envolver despesas com sua segurança, o processo é tratado como sigiloso no tribunal. A avaliação da postura do presidente foi requisitada pelos integrantes da CPI da Covid, incomodados com Bolsonaro promover aglomerações sem usar máscara de proteção individual.
A portas fechadas, em uma reunião reservada, os ministros vão avaliar se o presidente cometeu irregularidades ao promover esses três eventos usando o dinheiro público para bancar segurança e transporte dele mesmo e de seus convidados.
O relatório não incluiu as moticiatas de Bolsonaro em Brasília (DF), Uberlândia (MG), Santa Cruz do Sul (RS) e Pernambuco (PE), porque ocorreram após o pedido de levantamento. A equipe do TCU considerou apenas os gastos com a segurança do presidente e veículos e combustíveis para deslocamentos.
De acordo com os auditores do TCU, não é possível apontar irregularidades nos gastos de Bolsonaro já que não há uma lei que diga o que é uma viagem de interesse público e o que não é.
A recomendação da equipe técnica do tribunal é o arquivamento da investigação. Contudo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apura se as motociatas foram atos de antecipação de campanha política.
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