STF inclui Bolsonaro como investigado em inquérito sobre ataques contra eleições



Ismael Alves
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CNN - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou nesta quarta-feira (4) o pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa da live nas redes sociais em que ele fez acusações sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Moraes recebeu a notícia-crime feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acusa o presidente de ter espalhado informações falsas e ataques contras as instituições, em especial ao ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE.



Também serão ouvidas como testemunhas outras pessoas que estavam presentes na transmissão feita por Bolsonaro. Entre eles, encontra-se o ministro da Justiça, Anderson Torres.

A investigação terá início imediato, será sigilosa e será incluída no inquérito das "Fake News", também nas mãos de Moraes. O ministro do Supremo pediu para a Polícia Federal a trascrição completa da live da última quinta-feita (29).

Em sua tradicional live, Bolsonaro disse ter "suspeitas" sobre a lisura das eleições brasileiras, apesar de admitir não ter provas. Como resposta, o TSE decidu abrir uma portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra o presidente e pedir para incluí-li no inquérito das "Fake News", agora acatado por Moraes.

"A partir de afirmações falsas, reiteradamente repetidas por meio de mídias sociais e assemelhadas, formula-se uma narrativa que, a um só tempo, deslegitima as instituições democráticas e estimula que grupos de apoiadores ataquem pessoalmente pessoas que representam as instituições, pretendendo sua destituição e substituição por outras alinhadas ao grupo político do Presidente", diz o despacho de Moraes.