Lucas Noia - Seis meses e meio de gestão. Parece que foi ontem que estávamos nos recantos da cidade - claro, com os devidos cumprimentos às obrigações sanitárias, levando a mensagem de uma real possibilidade de mudança para os novos tempos que viriam. Estes novos tempos exigiam um gestor comprometido com a mudança, e que pudesse ter o desprendimento para assumir novos posicionamentos face às necessidades apresentadas. Gravatá entendeu a mensagem e elegeu Joselito Gomes da Silva - ou simplesmente "o padre”.
E o padre chegou. As pessoas, assertivamente, lhe outorgaram mais um mandato. Inicialmente, deslanchou no Conselho Tutelar, órgão garantista dos direitos das crianças e adolescentes, e em seguida, na prefeitura. Seu jeito sereno, seu andar tranquilo e sua fala amiga não o faz passar despercebido. Pelo contrário, o chefe do Palácio Joaquim Didier é um exímio ouvinte, e essa qualidade é para poucos. Dizem por aí que "quem sabe ouvir tira lições até do silêncio". E comandar uma cidade, que é diferenciada por versatilidade, exige certas reflexões “beneditinas”, para que as melhores decisões sejam sempre tomadas.
O processo democrático é soberano. A democracia, jovem senhora brasileira, é uma dádiva que possuímos à duras penas. Urnas fechadas e resultado divulgado: vida que segue. Palanques precisam ser desarmados, e quem entende e cumpre isso torna-se grande, pois passa a contribuir com o avanço municipal. Infelizmente, ainda existem retardatários que não conseguem entender esta premissa.
Há por aí uma meia dúzia que aposta no “quanto pior, melhor”, e que vem atuando de todas as maneiras: desrespeitando a ciência, a lógica, o bom senso e os entendimentos comuns, que são legados àqueles que se propõem a pensar e repensar antes de agir. A opinião pública, baseada na sensatez e lucidez, perante tudo o que vem sendo feito, é testemunha do trabalho diuturno. Mas ainda é pouco. Gravatá merece mais: mais emprego, mais renda, mais parcerias, mais oportunidades. E os gravataenses podem ter a tranquilidade e a certeza de que há uma equipe, comandada atentamente pelo padre, trabalhando para isso.
(Lucas Noia é cientista social - UFRPE e chefe de gabinete na Prefeitura de Gravatá)
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