Ismael Alves
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A Prefeitura de Gravatá, Agreste, decidiu fazer uso da linguagem de gênero nos canais oficias de comunicação, em seus perfis nas redes sociais, para desmentir, nesta terça-feira, 25, um post que circula nos grupos de conversas online sobre uma suposta data para imunização de "homossexuais" contra a covid-19 no calendário municipal de vacinação. O conteúdo classificado pela prefeitura como "fake news" apresenta, indevidamente, o brasão do município e a logo da gestão do prefeito Joselito Gomes (PSB).
Por meio de nota, a prefeitura repudiou "veementemente" a "veiculação da imagem falsa", afirmando ser "fraudulenta e preconceituosa que tenta, de forma exdrúxula, associar homossexuais a um grupo distinto e excluído", diz parte do texto.
Ao conotar igualdade entre pessoas, a prefeitura aderiu à linguagem de gênero neutro, substituindo o artigos "o" pela letra "x" na palavra "todos", que foi escrita "todxs", no post oficial. A publicação também reafirma que a administração do prefeito Joselito Gomes é "inclusiva, composta por pessoas dos mais diversos gêneros e orientações sexuais", além de destacar que "as políticas públicas [da prefeitura] são voltadas a todas as pessoas", citando como exemplo a recém-inaugurada "Clínica da Mulher, criada para atender mulheres de todas as orientações e gêneros, seja CIS ou Trans", afirma o texto.
Linguagem neutra
A utilização de linguagem de gênero neutro ou linguagem neutra, tem provocado debates nos últimos anos. Seu uso é defendido, principalmente, por movimentos da causa LGBTQI+ com a intenção de criar um gênero neutro para ser usado ao se referir a coletivos de pessoas ou a alguém que se identifique como não pertencente aos gêneros masculino e feminino. Os apoiadores da linguagem neutra defendem a modificação da língua portuguesa como forma de promover igualdade.
Linguagem de gênero e Língua portuguesa
De acordo com a norma culta da língua portuguesa, o respectivo idioma já é neutro. A variedade masculina dos pronomes (ele, eles) e dos artigos (o, os) já encorpora a neutralidade, ao passo que são utilizados quando há, em um mesmo grupo, homens e mulheres.
Uso de linguagem neutra em escola de Camaragibe é denunciado pela deputada Clarissa Tércio
No dia 17 deste mês, a deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) constatou a utilização de linguagem neutra em uma escola estadual na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Adereços com a frase "Sejam bem-vindes" estavam expostos no interior da unidade de ensino.
Após a averiguação in loco, a deputada comunicou que apresentou denuncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), destacando que o uso da linguagem neutra conflita com a norma culta da língua portuguesa e representa "doutrinação ideológica" e disseminação da "ideologia de gênero."
Confira post da Prefeitura
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