Opinião | Gravatá: Gestão do Padre Joselito tenta acertar, mas erros beneficiam Joaquim Neto - Por Ismael Alves



Ismael Alves
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A gestão do prefeito Joselito Gomes (PSB) de Gravatá, Agreste, reúne nomes tarimbados que dão totais condições da prefeitura desempenhar uma administração relevante e produtiva.

Entretanto, para que um time apresente bom desempenho em campo,  se faz necessário atuar de forma estratégica. E isso faltou nestes primeiros 40 dias de governo. 

A nova administração ainda se mostra tímida, acuada e, no máximo, reativa. É o que se pôde entender na coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, 11, pela prefeitura de Gravatá.

Sob o comando do competente André Fernandes, Secretário de Administração, um profundo raio-x dos 40 dias de gestão foi apresentado à população, por meio de live no Facebook. Um verdadeiro panorama de caos administrativo foi mostrado como sendo herança deixada pelo ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB), de acordo com os secretários que participaram.

Do outro lado, a ausência do prefeito Joselito na live chamou a atenção. Um dos pontos explorados pela oposição é que Joselito não governa. Como já diz o ditado popular, "toda ausência é atrevida". Enquanto a live rolava, muitos internautas comentavam perguntando pelo prefeito, ironicamente ou não, mas todos com razão. 

Um dia antes da live da prefeitura, o ex-prefeito Joaquim Neto já havia utilizado as redes sociais para para se posicionar sobre saldos, segundo ele, deixados pela sua gestão nos cofres municipais. O político saiu na frente com o assunto em meio ao atraso de pagamento de servidores da prefeitura de Gravatá. Com isso, entende-se que a live da prefeitura foi mais uma reação à manifestação do ex-prefeito. 

Não há dúvidas de que o raio-x de gestão foi importante e precisava mesmo acontecer, mas prioritariamente nos primeiros 10 dias do novo governo, proativamente. Assim, seria uma maneira do governo antecipar a realidade das finanças municipais e preparar a população para o que viria pela frente. 

Apontar as causas depois que os problemas surgem, abre margem para a interpretação do velho clichê utilizado pelos políticos, que é de sempre culpar o ex...  Aos 40 dias de governo, já seria oportuno uma segunda live  mostrando as ações iniciais da nova gestão e, claro, com a presença do prefeito.

Enquanto o governo municipal deixa de acertar no tempo, o ex-prefeito Joaquim Neto encontra espaço suficiente para se acomodar e aparecer. Experiente na política, Joaquim aproveita as brechas deixadas pela atual gestão para ganhar propulsão. 

Em meio a evidente polarização política de Gravatá - Joaquim x PSB -  cada vez que o governo do padre Joselito erra, Joaquim sabe tirar proveito parar cresce, politicamente. Pensar que o resultado das eleições 2020 expurgou o tucano do cenário político municipal é tolice. 

Eleições 2022 - A aliados, Joaquim Neto garante que disputará uma vaga na Assembleia Legislativa. Em 2010, ele foi candidato a deputado estadual pela primeira vez e obteve 25.100 votos.

Escuta e vigilância clandestinas - O departamento de tecnologia da prefeitura de Gravatá identificou diversos equipamentos de captura de som e imagem instalados nas repartições públicas. Câmeras e microfones escondidos captavam tudo o que ocorria nas dependências de importantes secretarias, inclusive no gabinete do prefeito. Por meio de nota, a prefeitura informou desconhecer a procedência dos equipamentos e comunicou que a polícia civil foi acionada e investigoa o caso. 

Transparência - Não pegou bem o alerta do Ministério Público de Contas (MPCO) para que a prefeitura de Gravatá dê transparência aos atos do governo. A manifestação do órgão ocorreu após denúncia apresentada ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pelo policial militar Rodolfo Silva (Cidadania), que disputou a  prefeitura de Gravatá em 2020.

Aprovação - O resultado de uma enquete realizada por este blog no Instagram, mostrou que a maioria dos participantes aprova os primeiros 40 dias de gestão do Padre Joselito. 

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