Dani Portela pede criação de Comissão de Igualdade Racial na Câmara do Recife



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Ismael Alves
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Se depender da vereadora Dani Portela (PSOL), a Casa de José Mariano contará com mais uma comissão temática. 

Ela protocolou um projeto de resolução para criação da Comissão de Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo, por isso, apelou na manhã desta segunda-feira (22), durante reunião Ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, que a tramitação da proposição tenha celeridade e conte com o apoio de todos os parlamentares da Casa.

Ela trouxe inúmeros dados que dão conta das desigualdades raciais existentes no país e no Recife, segundo ela, a capital da desigualdade. 

“Todos os dias acordamos com notícias sobre racismo e por isso é urgente que se faça este enfrentamento e essa questão é basilar na minha história”. 

Ela disse que assumiu o compromisso com a população do Recife para lutar pelos negros e negras, pois o racismo impede que a democracia de fato aconteça.

Dani Portela lembrou que 55% da população do país se diz negra ou parda e que, no Recife, são 64%. E, no entanto, ela lamentou que estas pessoas não são representadas na maioria dos espaços, sendo o Brasil marcado pelo racismo estrutural, determinante das desigualdades. 

Lembrou ainda que nas Câmaras legislativas do país os negros não minorias, apesar de serem maioria na população. Citou a Câmara do Recife, onde "dos 39 vereadores apenas onze se dizem negros ou pardos".

A vereadora informou que segundo o Supremo Tribunal Eleitoral, 53% das cadeiras das câmaras são ocupadas por brancos e apenas 6 % se declaram negros e 38% pardos, quando mais de 60% da população brasileira se declara negra ou parda. 

“Os índices de desemprego são 71% maior entre negros e se forem mulheres é maior ainda. E isso reflete a situação da educação. Recife é a capital mais desigual e por isso precisamos enfrentar essa luta”.

Dani Portela enfatizou que é necessária a disposição da Casa em se comprometer com este debate com ações concretas. 

A Comissão da Desigualdade Racial é o ponta-pé inicial para criação do Estatuto da Desigualdade Racial do Recife.

“Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista todos os dias. Nossos jovens gritam todos dias: "não consigo respirar”.

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