Ismael Alves
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A vereadora Liana Cirne (PT), utilizou as redes sociais para reverberar, por meio da Setorial de Mulheres do seu mandato, o que classificou de "racismo" na composição do secretariado do prefeito João Campos (PSB), do Recife.
Compromisso firmado em campanha pelo novo gestor, 50% das secretarias passaram a ser conduzidas por mulheres na formação do novo governo. Entretanto, a ausência de pessoas negras no time administrativo, em especial, mulheres, motivou a declaração da parlamentar.
Cirne destacou que 57% da população do Recife se declara preta ou parda e que, "ao cultivar os privilégios da casa grande e da branquitude, desconhece a humanidade e a capacidade do povo preto..."
Confira a publicação na íntegra:
Ao anunciar seu secretariado pretensamente paritário, o prefeito do Recife, João Campos, ignorou que 57% da população recifense é autodeclarada preta e parda.
Recife, ao cultivar os privilégios da casa grande e da branquitude, desconhece a humanidade e a capacidade do povo preto, em especial das Mulheres Negras e favorece a continuidade do racismo estrutural.
Paridade sem Mulher Negra no secretariado é proselitismo eleitoral!
Nosso mandato corrobora o compromisso de lutar para retirar as Mulheres Negras do lugar de subalternidade e desconstruir a desigualdade racial e de gênero.
E, nesse sentido, não pode silenciar diante do anúncio de um secretariado que se diz paritário e é composto exclusivamente por pessoas brancas.
Vera Baroni, coordenadora da Setorial de Mulheres do Mandato Liana Cirne